Thursday, June 2, 2011

#56

Entrevista a Hugo Delgado





Área: Fotografia


1. Como surgiu o gosto pela fotografia?
O gosto pela fotografia surge com o convívio diário com um fotojornalista dentro de casa neste caso o meu pai. Ao ver, rever e tentar entender esta linguagem levou-me desde cedo a idealizar a fotografia como uma profissão para o meu futuro.

2. De que modo começou a exercer fotografia enquanto profissão?
Começou naturalmente, com um curso profissional na área acabado e uma licenciatura em Fotocomposição a começar, surge um convite de um Jornal Nacional, neste caso o JN para colaborar com eles a partir de Braga, a partir daí foi sem parar até aos dias de hoje.

3. De que modo é que os meios de comunicação para os quais já trabalhou, como o Público, o Comércio do Porto, ou o 24h o influenciaram e o fizeram ganhar qualidade?

4. Todos os dias tento ser melhor, não melhor que alguém mas melhor que eu mesmo, e o melhor neste momento passa apenas pela abordagem que temos perante um tema e como vamos passa-lo para as pessoas, pois como costumo dizer “eu serei os olhos de muitas pessoas” pois é através das nossas fotografias que transportamos o leitor até ao sitio em que estamos a fotografar, as pessoas habituaram-se a ter imagens fáceis de zonas complicadas mas às vezes esquecem-se que para aquelas imagens estarem ali no jornal ou na tv, estiveram repórteres no terreno a passar dificuldades para as fazerem chegar às redacções.

5. Quais os fotógrafos que lhe servem de referência e cujo trabalho mais admira?
Hoje em dia já muito poucos, mas tenho sempre presentes nomes como Bresson,Robert Capa, James Nachtwey, Sebastião Salgado, Alfredo Cunha e o meu próprio pai, José Delgado, que embora em momentos diferentes da minha carreira me marcaram de uma forma positiva.





Grupo,

02/06/2011

#55

Entrevista a Miriam Pais




Área: Dança - Ballet (ex-bailarina)


1. Com que idade começou a praticar ballet? Comecei na infância, no jardim-escola, por volta dos meus 5 anos, uma vez que o externato que frequentava tinha aulas de ballet. O começo da paixão vem daí.

2. O que lhe despertou interesse nesse estilo de dança? A rigidez e complexo trabalho técnico perfeitamente dissimulados pela graciosidade e leveza que é exigida a uma bailarina cativou-me logo de início.

3. Qual a escola em que obteve formação? Como já referi, iniciei-me em aulas particulares para as meninas do externato que frequentava, no entanto foi na Balleteatro, anos depois, que me tornei efectivamente uma bailarina.

4. Explique-nos o porquê de ter iniciado o seu percurso durante a infância, ter parado durante anos, e ter regressado à modalidade. Com o começo do segundo ciclo, forçosamente mudei de escola e, juntamente com esta alteração, as aulas de ballet chegaram ao fim. Com um começo mal sucedido no ensino secundário, por motivos de várias naturezas, decidi, meses depois de interromper o 10º, que preferia aplicar todos os meus esforços em algo que valesse realmente a pena. Como tal, o ballet surgiu como a opção mais natural.

5. Alguma vez participou em algum espectáculo? Não, nunca cheguei a participar num espectáculo efectivo. Não obstante, os anos que passei na balleteatro fizeram a minha vida ficar totalmente focada na modalidade, pelo que acabei por participar em iniciativas dentro da própria escola.





Grupo,
02/06/2011

#54

Entrevista a Mário Ferreira da Silva





Área: Escultura



1. O que despertou o seu interesse pela arte, especialmente pela escultura?
A ”arte” é o sonho que desperta o imaginário. A”arte” é o mais elástico e mutável dos conceitos que se retém nos canais da nossa memória. A “arte” varia segundo o tempo, o espaço, a sociedade, o indivíduo. Cada período [cada tempo-lugar] tem o seu modo próprio de criar arte. O SONHO e o IMAGINARIO – foram o meu ponto de partida para uma relação estética com o fazer artístico, O TEMPO e o LUGAR - o meu encontro com a forma na bi e tri dimensionalidade – com a Escultura. O sítio gaiense, com seus restos de um tempo CERÂMICO, foi o motivo para a minha sedução pela matéria cerâmica como meio de expressão plástica. Ainda a cerâmica, porque sendo matéria milenária moldável e historicamente ligada a primeira transformação de sinterização por acção do calor, produzida pelo homem, é, também, um meio de expressão artística que contempla duas das mais importantes componentes da arte - a PINTURA e a ESCULTURA.

2. Obteve formação em algum estabelecimento de ensino?
Sim. Numa primeira fase, desenvolveu-se numa área de formação tecnológica, tendo como objectivo o desenho industrial, formação um pouco semelhante á que hoje é designada por DESIGN.
Posteriormente estudei cerâmica artística. Na sequência do meu trabalho na área da cerâmica, foi-me concedido pela Fundaçâo Gulbenkian uma bolsa de estudo para Itália, onde estudei a arte e tecnologia cerâmica nas vertentes de escultura na bi e tri dimensionalidade, no Instituto de Arte Cerâmica Gaetano Bellardini, em Faenza e frequentei um curso de escultura em Perugia.

3. Sabemos que expõe variadíssimas vezes na Casa Museu Teixeira Lopes; Como ocorreu essa proximidade para com a instituição?
Depois de ter realizado várias exposições, individuais e colectivas, no País e no estrangeiro e ter sido contemplado com diversos prémios e distinções, sou convidado para expor na cidade onde nasci e num espaço onde se respira o tempo e a obra dos mais representativos artistas - grandes mestres da escultura portuguesa. Desde então, seguiram-se outras exposições e uma muito interessante colaboração.

4. Qual a exposição que considerou mais marcante ao longo do seu percurso ?
As exposições são sempre momentos marcantes na vida de um artista. São digamos, o tempo de julgamento do que foi produzido, é o encontro com o publico. Porque são também e normalmente a apresentação de novas fases da actividade, criativa ou mesmo temática, todas as exposições são por isso, momentos marcantes na actividade dos artistas.

5. Quais os artistas que mais o influenciaram?
Henry Moore, escultor inglês do século XX, Rodin, escultor século XIX, Van Gogh, pintor francês século XIX, Nino Caruso, ceramista e designer italiano século XXI.



Grupo,
02/06/2011

#53

Entrevista a Sophia Vieira






Área: Música (Vocalista da banda nacional Cinemuerte)


1. Como decidiu iniciar o seu projecto com os Cinemuerte?
A banda surgiu das cinzas dos NUA, a banda que o João Vaz e eu tínhamos desde 1993. Decidimos a uma certa altura criar os Cinemuerte pois queríamos partir em direcção a um novo rumo musical. Tínhamos muito em comum em termos de gostos musicais.

2. Como encarou a sua colaboração com a banda de metal portuguesa Moonspell?
Encaro como uma experiência enriquecedora: colaborei com alguns dos melhores músicos e staff da cena musical. Tive a oportunidade de aprender no terreno, numa dimensão internacional.

3. Obteve formação em alguma academia/conservatório?
Frequentei workshops, aulas particulares de voz, guitarra. Mas a “estrada” foi sem dúvida a minha grande escola. No meu meio musical, a estrada é quem mais educa. O conceito de banda, tem esta particularidade de ser um projecto artístico em movimento, que requer flexibilidade, poder de adaptação aos meios, aos recursos disponíveis ou não e daí muita criatividade.

4. Qual a sua opinião sobre o mercado musical em Portugal?
Continuamos a ser elitistas. Sem grandes mágoas, quem governa continua a não dar oportunidades a grandes-pequenos talentos. Há por aí muita banda boa. E são sempre os mesmos a tocar nas festividades, nas festas municipais. É tudo uma grande máfia. Isto poderá incomodar, mas é a verdade. Existem redes de interesse que não fomentam o direito à oportunidade. O panorama musical está substancialmente viciado e destinado ao empobrecimento cultural das massas. O público em geral come do que lhe põe no prato.

5. Quais os objectivos e projectos futuros?
O objectivo nao é bem um objectivo. É mais uma atitude, uma forma de estar: compor e tocar e partilhar todo o sentimento com o mundo exterior.




Grupo,
02/06/2011

#52

Texto Reflexivo Sobre o Trabalho Desenvolvido ao longo do Ano Lectivo


Durante o presente ano lectivo, na disciplina de Área de Projecto, desenvolvemos algumas iniciativas e textos referentes às diversas correntes culturais, sendo que exploramos temas como a literatura, a música, o cinema, a pintura, a fotografia, o teatro e a dança.
Na área dos audiovisuais exploramos o cinema, desde os seus primórdios até à actualidade passando pelo cinematógrafo, pelo cinema mudo, o documentário, a nouvelle vague e novo cinema. Salientamos a importância dos EUA no cinema e referimos Manuel de Oliveira como o realizador mais antigo do mundo ainda em activo.
Na área da fotografia privilegiam o famoso fotógrafo Norte-Americano James Nachtwey e o Brasileiro Sebastião Salgado. Ambos os fotógrafos procuram mostrar através da fotografia os problemas sociais do nosso tempo quer em cenários de guerra, quer em grupos socialmente desfavorecidos, motivando os visitantes das exposições a mudar comportamentos para compreender e ajudar outros povos e outras culturas.
Abordamos também diversos tipos de dança tais como as danças tradicionais, a valsa, o tango, o sapateado, o ballet e as danças contemporâneas.
Também falamos no aparecimento do teatro e da sua evolução. Assim, referimos Almeida Garrett como o grande impulsionador do teatro português ao propor a edificação do teatro de D. Maria II e a criação do conservatório de Arte Dramática, tornando-se marcante no movimento romântico.
No que toca a música, referimos várias influências musicais (culturais e regionais), que deram a origem a novos estilos como o jazz e o blues.
No campo da literatura tratamos também diversas épocas. O século XIV, referente à lírica trovadoresca, composta pelas cantigas de amigo, amor e sátira. Por outro lado, focamo-nos também nas características do neoclassicismo e do romantismo.
Por fim também falamos de pintura, nomeadamente do fauvismo, surrealismo, impressionismo e romantismo.
Levando em conta o tema do trabalho, foi inicialmente feita uma pesquisa, de maneira a serem seleccionados os subtemas que se viriam a tratar. Acabariam por ser escolhidos o cinema, a dança, a fotografia, a literatura, a música, a pintura e o teatro, numa tentativa de abranger o máximo de áreas mantendo, no entanto, o projecto coeso. Com um plano definido, os elementos do grupo trabalharam homogeneamente, cada um realizando uma parte do suporte teórico que serviria de base para a concretização do trabalho efectivo.
Embora, inicialmente, o nosso objectivo primordial fosse levar até aos estudantes da ESIC uma série de palestras sobre diversos temas, com o decorrer do tempo, e com o próprio desenvolvimento do trabalho, surgiu-nos a oportunidade de mudar de rumo. Assim, iniciamos uma série de actividades, nas quais permitimos aos alunos da nossa escola participarem, criando desta forma, no nosso projecto, uma interdependência entre a teoria e a prática.
Desta forma, começamos por organizar uma visita guiada à Casa Museu Teixeira Lopes, na qual conseguimos que os alunos interessados estivessem em contacto não só com a própria residência do artista, mas também com a sua vida pessoal, através das várias peças que lhe foram oferecidas, o que enfatizou o conhecimento das relações mantidas por Teixeira Lopes. Para além disso, acreditamos que esta visita representara uma óptima oportunidade para conhecer um pouco mais do trabalho deste importante escultor português.
Seguidamente, no âmbito musical, promovemos uma apresentação, feita pelo guitarrista Gonçalo Delgado que, através de uma setlist bastante diversificada, levou até ao auditório da ESIC um pouco de entretenimento e cultura.
Também na área da fotografia o grupo fizera um esforço por atrair as atenções dos estudantes e dos próprios docentes. Assim, procedemos a uma exposição de fotografias de Gonçalo Delgado, colaborador da agência W.A.P.A., que trouxera até nós um pouco do seu trabalho, desenvolvido em vários espectáculos ocorridos por todo o país. É também importante frisar que, a mesma exposição que tivemos o prazer de receber na nossa escola, estivera já presente no Bar Universitário Insólito, em Braga.
O grupo encontra-se também neste momento a realizar uma série de entrevistas a várias personalidades ligadas às diferentes áreas culturais, visando pôr assim os seus leitores mais próximos da realidade vivida por cada uma dessas figuras. Acreditamos que estas contribuirão para uma maior compreensão dos diferentes mercados e dos diferentes modos de constituir arte, sendo que serão publicadas muito breve.
Por fim, gostaríamos de evidenciar que, em tom de encerramento do nosso projecto, durante a última semana de aulas do presente ano lectivo, iremos disponibilizar uma manhã para a passagem de filmes nacionais, de modo a pormos os alunos em contacto com o cinema português, que acreditamos ser extremamente criativo e interessante. A data será publicada em breve e a actividade decorrerá no auditório da nossa escola.
Aparte das iniciativas relacionadas com a cultura e a arte, o grupo inserira nas suas actividades uma apresentação/palestra ligada à educação sexual. O tema abordado fora os estereótipos sexuais, sendo que para os desmistificarmos melhor e conseguirmos ser mais precisas nas informações dadas aos alunos convidamos o técnico de farmácia Bartolomeu Soares, que respondera a uma série de questões e esclarecera algumas dúvidas presentes.
Uma vez considerados todos os aspectos que envolveram a finalização do projecto com sucesso, é já possível afirmar que, trabalhando todos de igual modo, se cumpriram os objectivos iniciais. Todos os subtemas foram trabalhados e as actividades práticas realizadas contribuíram para a consolidação e aprofundamento do que foi estudado.



Grupo,

02/06/2011

#51

Entrevista a Gonçalo Delgado





Área: fotografia


1. Explique-nos a sua preferência pela fotografia de espectáculo?
Como desde muito novo fui ligado à fotografia devido ao meu pai e irmão por serem fotógrafos profissionais, desenvolvi uma grande paixão pela arte em geral, mas especificamente pela fotografia. A fotografia de espectáculo é uma das áreas que mais me fascina (a par com a fotografia de reportagem) e é uma das que mais tenho vindo a desenvolver nos últimos anos. Penso que é um tipo de fotografia bastante específico, onde é preciso uma sensibilidade diferente, ao invés de reportagem, que, a meu ver tem que ser muito mais informal, apesar de manter também uma certa sensibilidade. Quando comecei a frequentar concertos sentia que não havia muita gente a retratá-los e que não se podiam encontrar boas imagens dos mesmos, ainda que já na altura houvesse alguns fotógrafos a cobri-los. Foi aí que decidi investir nessa área, precisamente por sentir que a qualidade das imagens que eu via não me satisfazia e sentia que podia fazer algo para mudar isso. Felizmente hoje em dia há alguns bons fotógrafos a transmitir a emoção necessária nas fotos de espectáculo.

2. Como tem vindo a ser a sua colaboração com a agência WAPA?
Ao longo dos anos tem vindo a ser bastante positiva, na medida em que tenho trabalho frequentemente e a divulgação do meu trabalho é muito maior, o que faz com que seja contactado com alguma frequência para outros trabalhos também. Foi uma oportunidade que me foi dada e à qual não responderia que não se voltasse atrás.

3. Como surgiu a oportunidade de expor as suas fotos no Bar Universitário Insólito?
A exposição "Luzes do Som" que foi apresentada no Insólito surgiu no âmbito de uma iniciativa do dono do mesmo, que consistia em mostrar os talentos mais jovens de Braga, onde já passaram imensos pintores de cá. Fui contactado pelo mesmo e aceitei imediatamente. Senti-me orgulhoso por constar da lista de "novos talentos" e foi também mais uma forma de expor mais um pouco do trabalho que tenho vindo a desenvolver.

4. Qual o espectáculo que mais gostou de cobrir?
É uma pergunta um pouco difícil de responder, mas neste último ano que passou até à data tive oportunidade de fotografar alguns bons concertos, não só tecnicamente, mas também a nível de condições para poder trabalhar. Entre estes destaco o Vagos Open Air em Aveiro, o Milhões de Festa em Barcelos e o concerto de Katatonia no HardClub no Porto. Senti um gozo enorme em estar a trabalhar nesses eventos e poder captar alguns bons momentos.

5. Quais os seus objectivos futuros? Pretende obter mais formação?
No futuro pretendo continuar activo no que toca a concertos e reportagem, pois todos os dias surgem dificuldades e só nos cabe a nós, fotógrafos, combatê-las da melhor forma possível. Vou ingressar num curso superior, de forma a melhorar cada vez mais o meu estilo de fotografia e a minha perspectiva de ver esta área, continuando assim 100% ligado a este universo. Como diria o famosíssimo Robert Capa: Se as tuas imagens não são suficientemente boas, não estás suficientemente perto.







Grupo,
02/06/2011

Wednesday, June 1, 2011

#50

Apresentação do Trabalho de Educação Sexual


Na tarde do 1º de Junho e no âmbito do desenvolvimento da sub-disciplina de Educação Sexual, foi realizada uma apresentação e palestra que visou ilucidar os presentes para alguns estereótipos sexuais.

Para a concretização do trabalho, contou-se ainda com a colaboração do Dr. Bartolomeu Soares, técnico de farmácia há 25 anos, que esclareceu algumas dúvidas comuns entre os jovens, de modo a beneficiar directamente a assistência.


Fica abaixo os vídeos alusivos a esta apresentação:







Grupo,

01/06/2011